segunda-feira, 30 de junho de 2014

Trovas no estilo Gildo de Freitas

Onde tem fumaça há fogo,
Pra brincadeira tem hora,
Amor com amor se paga,
Sofre o que come fora,
A união faz a força,
Quem é pedinte explora,
Nunca é tarde aprender,
Já dor ensina a gemer,
E ladrão leva na tora,

Como um simples aprendiz,
Deixo o mundo perplexo,
Métrica rima e oração,
Sei que isso é complexo,
Mas no palco da ideia,
Eu faço trova com nexo,
Porém se achar defeito,
Apresente novo jeito,
Pra aumentar meu reflexo.


Para que serve a lima,
Para desgastar a peça,
Para que serve o fruto,
Para se chupar a beça,
Para que ir ao peru,
Para o que for sem pressa,
Para que veio Cleomar,
Para aqui me provocar,
Para todo que começa.


Tua rima não me aguenta,
Na trova tens malassombros,
Não posso duplar contigo,
Teu jugo pesa nos ombros,
Daí tu cansa e tomba,
Digo nos meus desassombros,
Eu sou uma carga pesada,
No verso não temo a nada,
Nem a sustos e assombros.


Bem pior que a urtiga,
Mandacaru ou cardeiro,
Também leite de aveloz,
Ou picada de barbeiro,
Picada de escorpião,
E vender a caloteiro,
Mesmo assim é meu chicote,
Quando bato num pixote,
Pode chamar o coveiro.

O Poetizante

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