quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ENXADA DESENCABADA


ENXADA DESENCABADA

Quando está no armazém,
Por muitos ela é olhada,
Ali ela está solteira,
O cabo a torna casada,
Mostrando que é realeza,
Quando se acha encabada.

Quando está desencabada,
Mostra que houve abandono,
Pode ter já estragado,
A Dureza do carbono,
Ter lascado o seu cabo,
Ou ser trocada de dono.

Pode ter perdido o trono,
E até a serventia,
Se quebrou a sua ponta,
invalidou a garantia,
Ao aposentar-se o dono,
Falhou irmão, filho ou tia.

Compensou toda quantia,
E valeu o investimento,
Quando ela fica cega,
Óculos não vai dá alento,
A ferrugem impregnada,
Jogam logo ao relento

Eu agora aqui comento,
Quem a usa mostra raça,
Usada em campinagem,
Tem que ser forte a braça,
Encaliça a mão o dono,
Preguiçoso não quer graça.

Quando o barro ela não traça,
Seu desprezo é notável,
Por está desencabada,
Torna-se inaceitável,
Os anos causa desgaste,
Na sucata ela é contável.

Sempre foi respeitável,
Pra os da zona rural,
E se for mal acunhada,
Desajusta o postural,
Desalinha a coluna,
De quem dela é usual,

Sei que é muito natural,
Incomodar o trabalhador,
As mãos ficam mais grossas,
As vezes causando dor,
Quando o cabo apodrece,
Entra em férias o odor.

Quem dela é operador,
Vai sentir-se aliviado,
Pois o companheiro dela,
Se encontra extraviado,
Estando desencabada,
O dono vive entediado.

A perca desse aliado,
Dá Feiura ao ambiente,
A erva daninha à vista,
Servindo de ingrediente,
Pra animais rastejantes,
Que faz muito medo a gente.

Achei mais conveniente,
tirar uma nova lição,
Se a fé for abandonada,
Sentirás grande aflição,
Como a enxada encabada,
Cristo tira a maldição.

Vou fazer uma adição,
Pra melhorar o sentido,
Não importa o teu drama,
Pra que seja convertido,
Não existe maldição,
Se a fé em Cristo tiver tido.

Poetizante BR
http://poetizante.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário