segunda-feira, 30 de junho de 2014

Carro forte da cultura é o Cordel Improvisado

Eu que não entrei na lista
Pois cheguei meio atrasado
Mas no cordel improvisado
Eu entro é de anarquista
Dai vem a minha conquista
Pois no verso tenho norte
E dentro deste carro forte
Deposito as minhas glosas
E junto às figuras honrosas
Esperando mais um mote
...Otacilio Pires

Conversando te respondo
Pois na jornada que rondo
Tenho este e mais um lote
Meu verso viaja no trote
De um bom cavalo crioulo
E se serve de consolo
É corte que nunca falha
Pois tem um fio de navalha
Feito em meu próprio rebolo!
(Ari Pinheiro)

Meu verso também vagueia
Pelas ruas da saudade
Humilde e sem dificuldade
E sem ter palavra feia
Como aranha tecendo teia
Na mais pura perfeição
Como a lua tem seu clarão
Nos versos são matrizes
Juntando com Otacílio pires
Dando vida a este sertão

Marcio Mendes Cordel

Dando vida a este sertão
Teu verso me emocionou
A mente desanuviou
O céu abriu um clarão
E vi na palma da mão
Mais uma linha de sorte
E substituí o corte
Por estradas de concílio
Com o Márcio e Otacílio
Unindo o Sul e o Norte!

Ari Pinheiro

Unindo o sul e o norte
fazemos nossa parte
Sou feliz com minha arte
E companheiros de porte
Nossa fórmula e o mote
Pra fazer o cauculo inteiro
Pois doutor não ver o cheiro
Do nosso raciocínio
E no mote só verso fino
Do poeta Ary pinheiro

Marcio Mendes Cordel

No mote é só verso fino
Finura é tua galhardia
Com uma rima bravia
Construindo rima rica
A arte nunca tropica
Pois é leve como um beijo
Como som de realejo
Como pitada de mel
Unindo pelo cordel
O gaúcho e o sertanejo!

E o Cartuxo Cordelista
Também se chegou pra roda
Que a arte não incomoda
Quem nasce pra ser artista
Esse é meu ponto de vista
Sem dar nem pedir quartel
Sou repentista novel
Mas dono de muita sorte
Por ter amigos do norte
Ensinando-me o cordel

Ari Pinheiro

Um gaucho e um sertanejo
Compartilham o mesmo dom
Como se fossem dois garçons
Servindo rimas de peso
Como fogo derretendo gelo
Balançando as estruturas
E a mente das criaturas
Que deviam dar suporte
Tanto no sul como no norte
Aos guerreiros da cultura

Marcio Mendes Cordel

´´Feito em meu próprio rebolo``
Vem o fio da minha peixeira
Aproveitando a brincadeira
Coloco os versos no rolo
E se lhe serve de consolo
Em culinária tenho sorte
Aproveito seu meio mote
E em cordel improvisado
Deixo mais este recado
Pinheiro é madeira forte
...Otacilio Pires

Vejo Otacilio e Ari,
Marcio Mendes nessa lista,
Tem Cartuxo Cordelista,
Andrade Lima o colibri,
Esperantivo um Bem-te-vi,
Turco e Joaquim Furtado,
Bandeira Junior listado,
Com C Borges na gravura,
Carro forte da cultura
É o Cordel Improvisado.

O Poetizante

é madeira forte
Mas fácil de se lidar
De cortar e aplainar
Já que tem a seiva doce
E mesmo que assim não fosse
Eu aceitava a mistura
Por ter a mente madura
Cruzava o brasil à nado
Ou num cordel improvisado
Carro forte da cultura!

Ari Pinheiro

Pense numa fortuna,
Carrega esse carro forte!
Glosas feito em rebote,
Repetida em forma una.
Que mais poeta reúna,
Em cordel improvisado,
Mote ou meio quebrado,
Isto é cultura de raiz.
Neste meio sou aprendiz
Um dia estarei formado!

Leandro Gomes precursor
Da literatura de cordel.
Ele fez o seu bom papel,
De muitos foi professor.
Fez tudo com muito amor,
Foi mais um predestinado.
Hoje vejam o seu legado,
Tecnologia e literatura:
"Carro forte da cultura
É o cordel improvisado"
...Otacilio Pires.

E a arte sertaneja
Por certo tem muitos nomes
Tem o Leandro Gomes
De rima farta, sobeja
E como torre de igreja
Suassuna vem do lado
Gracilhano, eternizado
Catulo, linda figura
Carro-forte da Cultura
É o cordel improvisado!
(Ari Pinheiro)

Falando no mestre Ariano
Que não viaja de avião
Prefere um bom alazão
Que não cai no oceano
Merece o premio do ano
E no Nobel ser aclamado
De genial inteligência é dotado
Que defende com bravura:
Carro-forte da Cultura
É o cordel improvisado!
...Otacilio Pires.

Pé forçado não é tudo
Que existe no sertão
Que o matuto quando é bom
Ele não se faz de mudo
E canta meio de tudo
Num repente embolado
E na viola o dedilhado
Faz levantar a fervura
“Carro-forte da cultura
É o cordel improvisado.”

Ari Pinheiro

Tem Otacilio, tem Dimas,
Tem Pinto tem Lourival...
Pajeú é manancial
De poesias e rimas.
E o cordel, aqui, jamais!
Ficou, por nós, desprezado.
Tem escola e aprendizado
Essa é nossa literatura.
“Carro-forte da cultura
É o cordel improvisado.”
...Otacilio Pires.


Ja teve o carro de boi
mais hoje tem outros carros
aquelas estradas de barros
a tempo ke ja se foi
o carreiro dizia oi
nas rodeiras um chiado
hoje ta tudo mudado
com uma nova estrutura
carro forte da cultura
é o cordel improvisado!!!

Não sou melhor ke ninguem
nem tambem sou dos piores
nem sou grande nem menores
nem sou do mal sou do bem
faça assim você tambem
respeite, e seja respeitado
quando se tem Deus ao lado
vencemos todas bravura
carro forte da cultura
é o cordel improvisado!!!

Melão Repentista

Já corri tanto na vida
Mas não vi nada igual
Nem tão pouco genial
Ou coisa parecida
Com a arte adquirida
Pelo dom que nos foi dado
Através do rei crucificado
Ninguém abala a estrutura
E o carro forte da cultura
E 'o cordel improvisado

O cordel e' o brinquedo
E' a roupa do poeta
E' o cinto que lhe aperta
O anel que esta no dedo
Coragem que vence o medo
O cordel e' um legado
E' um vicio enrraizado
Sem deboche nem frescura
Carro forte da cultura
E' o cordel improvisado

Marcio Mendes Cordel

Vejo em cada amanhecer
Um Sol cheio de poesia
Tem numa noite sombria
Tudo pra gente escrever
Cada plantinha ao nascer
É um poema formado
Poeta é encarregado
Por possuir alma pura
Carro chefe da cultura
É o cordel improvisado

Cicero Alves

O cantar de um canário
No centro da capital
Episódio triste e brutal
Pro trovador presidiário
Queria que fosse o contrario
Um homem sozinho no roçado
Numa jaula trancafiado
Com um livro de partitura
E o carro forte da cultura
E' o cordel improvisado

Marcio Mendes Cordel

Oh Cartuxo cordelista,
Mostre aqui o seu cordel,
Será sempre um menestrel,
Encabeçando a lista,
Vá virando paisagista,
Num verso sequenciado,
Só não mande desbotado,
Que o tempo desfigura,
Carro forte da cultura,
É o cordel improvisado.

O Poetizante

Sou do cangaço literário
Do exército de patativa
A patente mais altiva
Que viveu no semi árido
Mas deixou neste cenário
Seu verso imortalizado
E com ele vai ser forjado
Minha espada e armadura
O carro forte da cultura
E' o cordel improvisado

Oh grande poetizante
Nos arranje outro mote
Esse ta dando choque
Ta ficando eletrizante
A mulher briga todo instante
Dizendo que tou pirado
Do quarto fui despejado
E ja trocou a fechadura
Pois o carro da cultura
E' o cordel improvisado

Nasce um verso coerente
Se a mente esta sadia
Quando o coração não guia
Fica fraco e diferente
Como vou ficar ausente
Vou no açoite do grito
Mandando meu aviso
Pros poetas de vergonha
Que também peguei carona
No carro do improviso

Marcio Mendes Cordel Santos

Tem marcio mendes versando,
Com glosas pra todo lado,
Mostro meu improvisado,
Pois estás me insultando,
Vi que estarás morando,
Depois dum sobre aviso,
Num relento impreciso,
Após chute de sua dona,
Acabei de dar carona,
A quem tem pouco juízo.

O Poetizante

Não fui chamado a versar
Mas me faço esse convite
O Poetizante permite,
O meu recado eu mandar¿
Não quero lhe chatear,
Nem proclamar que sou bardo,
Eu tenho um valor que guardo:
A verve que me procura,
Carro forte da cultura
É o cordel improvisado!

O nordeste é muito rico
Não se pode contestar
Basta ler, bisbilhotar,
Nos livros que eu indico;
Leia Catulo, não brinco,
Aderaldo, disparado:
O cego mais afamado,
Esse não tinha tristura,
Carro forte da cultura
É o cordel improvisado!

Zé Salvador.

Longe do berço de ouro
Minha alma foi lapidada
Por papai foi bem cuidada
Sob um chapéu de couro
Velho tu és o meu tesouro
Meu sonho foi realizado
Quando eu fui batizado
Como tua criatura
O carro forte da cultura
E' o cordel improvisado

Marcio Mendes Cordel

Carregado de cordel /
ô forgãozinho arretado /
a cultura popular /
leva pra todo lado.
esta ideia é genial /
parabéns pro pessoal /
DO CORDEL IMPROVISADO...

Gerardo Pardal Cordelista














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